sábado, 4 de abril de 2015

Vírus - únicos organismos acelulares da Terra.

 Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso outoxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.

Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderencia na célula hospedeira.
 
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectamprocariontes (domínios bacteria e archaea).
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominadacapsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.


Esquema do Vírus HIV

O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.

 

Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior.

Próxima postagem: Vírus, seres vivos ou não?

Célula Animal.

 A célula vegetal é bastante semelhante à célula animal, porém contém algumas diferenças, como a parede celular e os cloroplastos. Na maturidade, tais células podem diferir muito uma das outras quanto as estruturas.

  Estruturas e organelas das células vegetais.

 A célula vegetal tipicamente consiste em uma parede celular rígida, e um protoplasto que é composto pelo citoplasma e núcleo.  O citoplasma que é limitado externamente pela membrana plasmática, contém organelas, sistemas de membranas e estruturas não membranosas, como por exemplo,ribossomos. O restante do citoplasma, onde vários sistemas de membranas e corpos estão imersos, é conhecido como matriz citoplasmática ou citosol.

 Na célula vegetal viva, o citoplasma está frequentemente em movimento. As organelas podem ser observadas deslizando de uma maneira ordenada no movimento em curso.

Cada organela da célula vegetal desempenha uma função:
  • Parede celular: confere a distensão do protoplasto configurando à célula, adulta, tamanho e formas fixos, oferecendo também proteção aos componentes do protoplasto.
  • Vacúolo: É delimitado por uma membrana chamada tonoplasto. Possui diversas funções como, armazenamento de substâncias, atua também no processo lisossômico e nos processos metabólicos.
  • Plastos: São formadas por duas membranas unitárias, contendo o estroma, onde se situa um sistema de membranas chamadas, chamados de tilacoides. Os plastos são divididos em três grandes grupos: cloroplastos (organela fotossintetizadora), cromoplasto (responsável pela pigmentação de certos frutos) e os leucoplastos (armazenam substâncias)
 As células vegetais possuem também organelas em comum com as células animais, que são:
  • Núcleo: Possui duas funções básicas, uma delas é regular as reações químicas que ocorrem dentro da célula, e sua segunda função é de armazenar informações genéticas (DNA);
  • Complexo de Golgi: Este complexo está associado aos processos de secreção, inclusive a secreção da primeira parede que separa duas células vegetais em divisão.
  • Ribossomos: os ribossomos juntam os aminoácidos do citoplasma para formar cadeias de proteínas.
  • Retículo endoplasmático liso: tem a função de facilitar reações enzimáticas, podendo também regular a pressão osmótica e atuar no transporte de substâncias.
  • Retículo endoplasmático rugoso: realiza todas as funções do liso porém ainda possui a função de sintetizar proteínas, devido a presença de ribossomos.
  • Mitocôndrias: a função principal de uma mitocôndria é produzir energia para o trabalho celular.
  • Peroxissomos: participam do processo de fotorrespiração e auxiliam no metabolismo lipídico.
 A célula vegetal ainda conta com centríolos que participam da divisão celular e os lisossomos que fazem a digestão intracelular.